quarta-feira, 23 de março de 2022

Quais os benefícios de ter um time de Agentes de Mudança numa Jornada de Transformação Organizacional?

Dentro dos diversos cenários de Transformação, muitas vezes é preciso ter um time estendido que atue como Agente de Mudança. Nem todos os cenários exigirão essa estratégia. No entanto, ela é sempre muito bem-vinda quando existe uma grande capilaridade no contexto de transformação, bem como diversidade de áreas envolvidas. Além disso, é muito útil quando são identificadas altas resistências por parte dos impactados na etapa de diagnóstico.

Essa estratégia pode fazer muita diferença quando bem elaborada, definida e desenvolvida na organização. Logo quando se inicia a Jornada de Transformação, é importante detectar os principais impactos, bem como os envolvidos direta e indiretamente. Quando verificamos que a transformação afetará muitas áreas distintas e/ou se estenderá por diferentes regiões, localidades ou até mesmo países, formar uma equipe de Agentes de Mudança trará benefícios ao processo.

Agentes de Mudança numa Jornada de Transformação Organizacional

Identificando e preparando os Agentes de Mudança

Quando se identifica essa necessidade, é extremamente importante inserir na solução desenhada que suportará a Jornada de Transformação. Não simplesmente inserir, mas compartilhar e obter a validação por parte do envolvidos e, preferencialmente, dos patrocinadores, já que ter um time de Agentes de Mudança requer uma certa dedicação, bem como envolvimento dos profissionais das áreas, que nem sempre fazem parte do Time do Projeto ou da Jornada de Transformação.

Quando a empresa já possui e desenvolve agentes internos para apoiar suas mudanças, a abertura à iniciativa será maior e os profissionais já devem estar mais familiarizados e preparados para atuar nesse papel. Do contrário, será fundamental criar e incorporar como parte da cultura da empresa para que não sirva apenas para o momento de uma transformação específica, mas para que faça parte do jeito de ser da organização com foco nos futuros movimentos e desafios de Transformação.

Cenários de Jornada de Transformação para considerar a estratégia de Agentes de Mudança

Para quais cenários de Jornada de Transformação devemos considerar a estratégia de Agentes de Mudança?

Como mencionamos inicialmente, a estratégia de Agentes de Mudança não se aplica a todos os cenários de transformação. É na etapa de Diagnóstico que podemos identificar com mais precisão a relevância dessa iniciativa, cujo principal objetivo sempre é apoiar o time da Jornada de Transformação nas ações de engajamento, envolvimento/comunicação e treinamento, aproximando e fortalecendo os times do futuro desejado.

Os principais cenários que consideramos desejável formar e desenvolver um time de Agentes de Mudança incluem:

  • Implementações de sistemas ERP ou Transformações Digitais, já que afeta sempre mais de uma área, muitas vezes todas as áreas de uma organização;
  • Qualquer Jornada de Transformação que envolva mais de 1 localidade ou país, seja ela de qualquer natureza: Sistema, Reestruturações, Melhoria de processos, etc;
  • Fusões e Aquisições;
  • Reestruturações, como centralizações ou descentralizações de áreas e/ou operações;
  • Mudança Cultural de alto impacto

Pontuamos alguns cenários, no entanto não quer dizer que se esgota apenas nesses. Poderá haver situações em que a estratégia de Agentes de Mudança se faça necessária. No momento do Diagnóstico inicial e, ao longo do desenho e validação da solução, será possível avaliar com maior assertividade.

Ao identificar a necessidade dessa estratégia, é crucial começar a identificar os potenciais profissionais que poderão desempenhar o papel de Agentes de Mudança. Adicionalmente, é muito indicado compartilhar o conceito junto ao time envolvido no Projeto, bem como aos líderes das áreas para que possam compreender os benefícios, bem como as demandas que surgirão, quando a iniciativa for colocada em prática. Essa conscientização faz toda a diferença no sucesso da estratégia dos Agentes de Mudança. Uma vez que todos estejam cientes e, em concordância, o processo se desenrolará de forma mais colaborativa e integrada.

Quando todos estão cientes e alinhados, uma outra ação importante é definir o timeline, ou seja, detalhar as principais atividades do Time dos Agentes de Mudança na linha do tempo da Jornada da Transformação. No desenho da solução, deverão constar o marco de início e o momento de desmobilização do time. Isso garante tranquilidade e maior adesão, pois dará visibilidade das ações, tempos e dedicação do time que se deslocará num determinado momento para apoiar a Jornada de Transformação. Todos os evolvidos nesse processo deverão estar devidamente avisados e informados.

É válido ressaltar que nem sempre se requer uma dedicação 100% desse time. A dedicação será definida com base na solução desenhada para esse time. Por isso, é importante delimitar o papel, descrever as responsabilidade e ações esperadas para determinar de forma mais assertiva o tempo de dedicação. Claro que essa dedicação deve estar alinhada ao macro plano do Projeto. O conceito que temos acerca do time de Agentes de Mudança é: Um time estendido que deve representar a Jornada de Transformação nas suas áreas, colaborando com o sucesso da mudança por meio do desempenho do seu papel.

Os agentes de mudança são peças fundamentais se soubermos selecioná-los de forma adequada e prepará-los para que possam desempenhar o papel alinhado às estratégias e necessidades da Jornada de Transformação.

Identificar e preparar os Agentes de Mudança

Como identificar e preparar os Agentes de Mudança?

Bom, quando tudo estiver em ordem com a iniciativa dentro da solução da Jornada da Transformação, devemos buscar os profissionais mais adequados. Primeiramente, é fundamental detalhar o perfil desejado desses profissionais. Esse perfil deve levar em consideração o desafio da Jornada de Transformação e as responsabilidades esperadas desse time. Uma vez elaborado o perfil, é preciso também aplicar alguns critérios que podem colaborar no mapeamento das pessoas, tais como:

  • Áreas que necessitam Agentes e a quantidade estimada;
  • Nível de senioridade na empresa (se for um critério detalhado no perfil);
  • Localidade, Região ou País, quando existe capilaridade;
  • Dentre outros

Com essa matriz, será possível mapear a quantidade de Agentes de Mudança necessária para suportar a Jornada da Transformação. Esse dimensionamento deve nortear os nomes dos profissionais. Para selecionar os nomes é relevante avaliar o perfil para verificar se há aderência.

Uma vez selecionados os profissionais, deve haver uma etapa crucial de lançamento e comunicação. Essa comunicação deve ser transparente, clara  e objetiva. Preferencialmente, presencial ou virtual (face-to-face) para que tenham condições de compreender o desafio, bem como questionar e tirar dúvidas. Nesse lançamento, esclarecer o papel e as responsabilidades fará toda a diferença. Também é fundamental uma avaliação prévia quanto aos mecanismos de recompensa ou reconhecimento desses profissionais na empresa. Afinal, estarão assumindo um papel adicional na sua função.

E para concluir o processo, deve ser elaborada e conduzida uma Formação, cujos principais objetivos são:

  • Integrar o time dos Agentes de Mudança;
  • Esclarecer mais sobre o papel e as responsabilidades;
  • Compartilhar o plano de ação desenhado que irão trabalhar em conjunto com a Jornada da Transformação;
  • Desenvolver certas capacidades e habilidades essenciais para o bom desempenho do papel;
  • Apresentar a Jornada de encontros e abordagem de funcionamento durante toda a Jornada.

Essa Formação costuma durar cerca de 2 dias ou 16 horas para ter efetividade e eficácia. A facilitação da Formação é um diferencial do processo. Quanto mais integrado e fortalecido estiver esse time, mais suporte e apoio o Projeto receberá. Esse time é a “cara” da transformação junto às áreas. Portanto, devem ser o porta-voz direto e um ponto de referência. Sendo assim, devem estar alinhados sobre todos os detalhes e planos da transformação, bem como sobre suas atividades junto às áreas. As principais responsabilidades de um time de Agentes de Mudança incluem:

  • Levar os conteúdos e informações alinhados ao plano geral de Comunicação e Envolvimento da transformação;
  • Estabelecer um canal de escuta ativo e aberto na sua área para catalisar as resistências e áreas “gris” quanto ao entendimento do processo de transformação;
  • Apoiar nas iniciativas de Comunicação e Engajamento, bem como Treinamento (quando houver).

O time será um elo essencial da transformação com os diversos profissionais das áreas impactas. Quanto mais aceito e reconhecido for esse agente na sua área, maior eficácia na sua atuação e colaboração direta com o sucesso da transformação. Por isso, a escolha do profissional é fundamental.

Lógico, que as atividades que o time de Agentes de Mudança vai desempenhar na totalidade, deverão ser descritas a partir dos desafios mapeados e do plano desenhado. Um diferencial nessa estratégia, quando adotada, é que o time do Projeto ou da Jornada de Transformação estabeleça um vínculo estreito e de confiança com os Agentes de Mudança. Esse será o alicerce mais importante para que as iniciativas sejam colocadas em prática de forma eficaz. Uma recomendação é criar encontros pontuais com esse time para trocar experiências e manter o canal aberto do começo ao término da Jornada de Transformação.

Times de apoio nas mudanças organizacionais

O time de Agentes é o “braço estendido” da Jornada da Transformação. Por isso, deve receber um fluxo de informação constante e contínuo, bem como ser visto como um parceiro durante todo o percurso.

E então, você acredita que esse tipo de estratégia pode colaborar com as Jornadas de Transformação? Alguma vez, você já desempenhou esse papel? Como foi o seu preparo e capacitação?

Pense sobre essa possibilidade de iniciativa sempre que tiver envolvido (a) num desafio com muitas áreas impactadas e com dispersão geográfica significativa. No momento de atuação remota, essa abordagem pode se tornar bastante eficaz nas “pontas”. O “fazer chegar” a informação de forma limpa e transparente sempre é um desafio nas organizações. Por que não pensar em começar a desenvolver esses times para apoiarem nas mudanças organizacionais?

Como deveriam ser as capacitações e formações dos Agentes de Mudança, na sua opinião? Quais capacidades devem estar presentes no preparo desses profissionais? Reflita e inclua nos desafios das suas Jornadas de Transformação, iniciativas e estratégias que façam sentido e agreguem valor. O sucesso da transformação depende de uma solução eficaz que inclua peças essenciais. Os times de Agentes de Mudança podem fazer muita diferença!

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quarta-feira, 16 de março de 2022

Como construir um futuro que desejamos? Como chegar lá e ver os resultados idealizados?

Toda projeção de futuro requer uma visão e um planejamento. Pode ser que não seja cumprido 100% como foi desenhado, mas sem um norte e fortes intenções e propósito fica mais complicado atingir a meta.

Vivendo todos os dias nos ambientes das organizações, começamos a detectar que existe a forte necessidade de aprimorar as capacidades humanas no mercado de trabalho de hoje e dos próximos anos.  As transformações estão exigindo novas formas, atitudes, comportamentos e modelos mentais. E, se estamos observando esse cenário nos profissionais do mercado atual, talvez seja preciso agir na origem também, com aqueles que, em breve, ingressarão nele. Vislumbrando esse futuro, projetamos o Programa Geração +, que pretende desenvolver as novas gerações, não apenas para que estejam preparados para o mercado de trabalho, mas que possam navegar de forma mais consistente e plena pelos mares desse futuro nebuloso, que está em rápida e constante mudança. Não temos uma resposta exata sobre como será esse futuro, mas estamos certos de que exigirá uma atuação diferente, que consiste de certas capacidades, que chamamos de capacidades humanas. A máxima: O que nos trouxe até aqui, talvez não servirá mais para percorrer esse novo caminho, pode ser aplicada para o futuro do trabalho.

Desenvolvendo as Novas Gerações

Capacidades Humanas

Pensando nisso e, com o impulso de colaborar com o desenho desse futuro, desenhamos o G+, que tem como público-alvo os jovens Universitários, preferencialmente, ou de Cursos Técnicos que estão em busca do seu lugar no âmbito profissional e jovens que já se encontram nas organizações, fazendo parte dos grupos de Trainees, Jovem Aprendizes e Estagiários que a empresa entende que devem ser desenvolvidos para ocupar as futuras oportunidades na empresa. É um Programa que foi concebido de forma diferente na sua abordagem, a Jornada é muito interativa e prática. A construção e o resultado dependem da qualidade e interação dos participantes, bem como da abertura e acesso ao autoconhecimento de cada membro. Tratamos de inserir conceitos e conteúdos inovadores que sempre são colocados na prática. Além disso, os facilitadores prezam pela arte de criar um ambiente de confiança desde o início para que o processo se desenrole de forma natural e interativo a cada encontro. Um Programa com um olhar no futuro, mas focado no presente com o propósito de assegurar que os jovens ganhem mais confiança, protagonismo e autoconhecimento para poder lidar com a vida de maneira mais equilibrada e harmônica.

Também contamos com o respeito pelo ritmo e estilo de cada participante, já que entendemos que cada SER tem a sua forma de desenvolver, que depende da sua personalidade, formação, capacidades, talentos e momento de vida.

Quando foi concebido, não tínhamos certeza de que o modelo estaria aderente ao público e nem se a estrutura e formato estariam adequados. Como não atuamos com esse público no mercado e, trazendo para a primeira pessoa, devo confessar que estava bem distante das novas gerações, a estratégia foi buscar parceiros inovadores para percorrer conosco essa Jornada de descoberta e aventura, com o propósito de avaliar o Programa G+ e, ao mesmo tempo, começar a colocar em prática o desenvolvimento das novas gerações.

Finalmente encontramos! E estavam longe de nós. Mas como nunca houve distância e, agora menos ainda com os formatos virtuais, tivemos a felicidade de conhecer duas pessoas ilustres e bem-intencionadas quanto ao tema referente ao desenvolvimento humano e social. Essas duas pessoas estão localizadas no município de Gurupi, Estado de Tocantins. Ambas compreendem a relevância do tema e entendem a necessidade de complementar a formação dos jovens a partir do autoconhecimento e demais capacidades que não são desenvolvidas na Educação formal. Realizamos diversas conversas e interações para refinar a necessidade e os objetivos do Programa G+. Após as intenções alinhadas e os objetivos traçados, nos organizamos e começamos a planejar a Turma Piloto de Gurupi. Realizamos todas as etapas descritas na nossa abordagem que começa com:

  1. Mapeamento dos patrocinadores da Instituição e/ou localidade;
  2. Alinhamento do perfil dos participantes;
  3. Agendamento e realização das entrevistas individuais, que são realizadas com cada aluno previamente para compreender o perfil e suas trajetórias, tanto pessoais quanto as experiências profissionais;
  4. Aplicação do MAPER (Assessment), que é um instrumento, que complementa o autoconhecimento, feito individualmente com o resultado entregue a cada aluno antes do início do Programa. Os resultados são consolidados e usados também durante a Jornada na perspectiva do coletivo;
  5. E por fim, início dos Módulos.
Contribuição Programa G+

Qual a contribuição do Programa G+ para a sociedade de maneira geral?

Válido destacar que o Programa G+ tem como pano de fundo na sua proposta, transformar a realidade atual, pois pretende tornar a sociedade mais consciente por meio da atuação e contribuição dos jovens que passaram pelo Programa. Temos a crença de que, atuando nesse jovem, ele disseminará os aprendizados nos meios em que convive e poderá ter uma atitude na vida mais plena e integrada, impactando positivamente o seu entorno.

E como o G+ consiste de um processo de transformação, que é a nossa área de conhecimento e atuação no mercado, incluímos como alicerce principal o autoconhecimento. Acreditamos que, apenas pela expansão do autoconhecimento, é possível provocar transformações, pois as transformações verdadeiras vêm de dentro para fora. Para mudar comportamentos e padrões é preciso que haja, primeiro, a conscientização. Em seguida, cada pessoa avaliará e encontrará a sua forma e caminho para realizar as mudanças na sua vida.

O propósito do G+, como está impresso na própria logomarca do Programa, é tecer talentos para a vida. Sabemos que preparar as novas gerações para o mercado de trabalho implica desenvolver certas capacidades humanas, mas estamos cientes de que o fruto mais importante que queremos colher com essa Jornada é a capacidade do jovem de lidar com as dificuldades e desafios da sua vida de forma geral. Contribuir para que o jovem se conheça mais e fortaleça a sua autoconfiança para tomar suas decisões baseadas na vida é um dos propósitos do G+ com certeza. Por isso, recheamos o Programa G+ com diversas práticas e atividades, cujo foco central é “olhar para dentro” e provocar reflexões mais profundas. Além disso, temos certas capacidades que identificamos como essenciais que trabalhamos com os participantes por meio de teoria e prática. As capacidades que desenvolvemos dentro da Jornada do G+ incluem:

  • Escuta Ativa;
  • Geração de relacionamento;
  • A Arte de Fazer Perguntas;
  • Capacidade Analítica;
  • A arte de comunicar e facilitar.

Nós chamamos de capacidades humanas porque são inerentes a todo ser humano, no entanto precisam ser identificadas e desenvolvidas para o aperfeiçoamento e prática eficaz. É importante ressaltar que, para cada capacidade existem teorias e conceitos associados, seguido de práticas e vivências. Tudo que se ensina, se pratica para que haja experimentação e reflexão no nível individual. Além disso, provocamos a prática do feedback entre os participantes para crescimento e desenvolvimento mútuo.

Mas voltando à nossa Turma Piloto de Gurupi, começamos com muita emoção e altas expectativas de poder contribuir e interagir de forma adequada com esse púbico. Estávamos diante de um público novo, pertencente a outro Estado e localidade do Brasil, com contexto e cultura diferente. Fomos adiante e concluímos as 14 sessões, totalizando 45horas. A cada encontro, pudemos perceber nuances significativas dessa nova geração, bem como alguns aspectos sociais que nos chamaram atenção.

Perfil Novas Gerações - Programa G+

O que foi percebido do perfil das novas gerações durante o Programa G+?

Gostaríamos de apontar alguns aspectos que observamos durante essa Jornada referente ao público envolvido, que envolveu jovens de 17 a 29 anos:

  • Estão buscando um lugar no mundo como todos. E tentando saber quem são, o que os destaca/diferencia;
  • Excesso de ansiedade, talvez pelas pressões do momento de vida e pelo acúmulo de informação disponível hoje em dia;
  • Uso excessivo das tecnologias, com foco nas mídias sociais que provocam muita dispersão;
  • Falta de foco e priorização para realizar as diversas atividades da vida;
  • Postura mais reativa e passiva do que ativa e participativa, especialmente nas primeiras interações.

São aspectos curiosos que não podemos afirmar se todos os jovens dessa faixa etária possuem, no entanto nessa pequena amostra da Turma Piloto de Gurupi, foi o que mais marcou nos participantes. Acreditamos que é relevante essa análise do perfil para compreendermos um pouco mais dessa geração, com o intuito de traçar ações e abordagens eficazes, bem como desenhar Programas e iniciativas que leve em consideração esses aspectos.

Além dos traços do perfil, pudemos detectar questões sociais relevantes. Não sabemos se esses pontos têm relação isolada com a localidade e cultura de onde vivem, mas chamou bastante atenção, uma vez que refletem muito no comportamento dos jovens. Destacamos aqueles que foram expressos e relatados nas dinâmicas, presentes na maioria do grupo:

  • Poucos espaços nos núcleos familiares para interação e conversas importantes sobre a vida do jovem;
  • Certos preconceitos bastante marcados e reforçados, muitas vezes de forma negativa, pelos próprios familiares;
  • Baixa autoestima e confiança em si;
  • Medos e muita insegurança frente à vida;
  • Pouca exposição ao desenvolvimento do autoconhecimento;
Pontos Relacionados ao Social

Qual a nossa intenção ao compartilhar esses pontos relacionados ao social?

Como já mencionamos anteriormente, para alcançar o futuro desejado, um fator importante é o preparo e desenvolvimento das novas gerações. Entretanto, quando analisamos os itens relacionados às questões sociais que foram identificados, vemos que eles contribuem diretamente no comportamento do jovem e afeta a sua formação como ser humano. E, algumas dessas questões, não são favoráveis para fortalecer a autoestima e confiança desses jovens, aspectos fundamentais nessa etapa da vida. Apenas pincelamos as questões sociais porque sabemos da importância delas no desenvolvimento das novas gerações também, afinal estão relacionadas ao meio em que estão inseridos diariamente e onde foram criados a maior parte da vida – infância e adolescência. E como somos fruto do que recebemos nos primeiros 3 setênios da vida (Antroposofia de 0 – 21) para formar nossa personalidade e Identidade, é um fator que merece um olhar mais apurado.

Não é a pretensão do Programa G+ atuar nessa esfera, mas acreditamos que, para o sucesso do processo junto às novas gerações, incluir ou integrar outras iniciativas que se estendam ao meio onde vivem os jovens, fará toda a diferença. E deixamos questões reflexiva sobre os resultados colhidos e aprendizados com a Turma Piloto de Gurupi: Será que as ações específicas, de curta duração, que visam preparar os jovens para o futuro e para o mercado de trabalho são suficientes? Que aspectos devem, de fato, ser desenvolvidos nas novas gerações para o futuro e para a vida? O que fazer com as questões sociais que afetam a formação dos jovens de forma negativa? Será que é preciso um Programa mais amplo que abarque ambas esferas?

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