terça-feira, 28 de junho de 2022

Relatórios Mental Toughness

Ao realizar o Assessment do perfil Mental Toughness, são gerados relatórios com finalidades distintas e complementares, agregando valor tanto ao indivíduo quanto ao gestor, coach ou consultor que estará responsável por prover o feedback e auxiliar no processo de desenvolvimento.

Com base nos dados desses mesmos relatórios, é possível também desenvolver uma análise referente a um grupo de pessoas, de uma área ou de toda a organização. As pontuações são geradas e, além disso, os dados demográficos que foram previamente definidos e populados pelos respondentes estarão disponíveis para realizar as devidas análise e comparações mais específicas e profundas.

Relatórios Mental Toughness

Passos recomendados para a devolutiva do Assessment

Fases para implementar uma Jornada de Desenvolvimento por meio do traço de perfil Mental Toughness

Quais são os Relatórios gerados do Assessment MQTPLus Mental Toughness?

O Assessment MQTPlus Mental Toughness gera até cinco relatórios diferentes dos dados do respondente usando um sistema de relatório especializado. Os três principais mais usados são:
  • Relatório de Desenvolvimento: fornece as pontuações da pessoa e uma explicação do que elas significam, juntamente com uma indicação de possíveis implicações. Para cada uma das quatro escalas, são fornecidas sugestões de desenvolvimento, permitindo uma maior expansão do autoconhecimento por parte da pessoas e auxiliando a avaliar as áreas de desenvolvimento mais relevantes. Esse é, normalmente, o relatório que deve ser entregue à pessoa que respondeu ao Assessment.
  • Relatório de Coaching: fornece uma interpretação das pontuações da pessoa e identifica algumas das possíveis implicações voltadas para o ambiente profissional. Junto à cada narrativa, vem uma lista de ações de coaching ou desenvolvimento sugeridas que o gerente ou coach podem considerar para aplicar junto à pessoa. Esse relatório deve ser usado pelo coach/gestor para se preparar para a entrevista com a pessoa que respondeu ao Assessment. São informações de apoio para desenhar o processo de coaching que será proposto para cada pessoa.
  • Relatório do Avaliador: provê uma interpretação das pontuações da pessoa e identifica algumas implicações potenciais para o âmbito profissional. A narrativa é fornecida para a média geral Mental Toughness, bem como para cada uma das quatro escalas.
Além dos relatórios que são gerados pela AQR International com base nas pontuações do respondente do Assessment, a Horus também desenvolve um relatório complementar que contém gráficos adicionais que mostram as correlações de todos os elementos do espectro. É válido lembrar que o espectro Mental Toughness não é composto apenas dos 4Cs e dos 8 fatores. Existem outros conceitos ao redor que devem ser considerados na análise, permitindo uma melhor compreensão do perfil da pessoa que respondeu ao Assessment. Esses conceitos consistem essencialmente:
  • Visão comparativa dos conceitos de Resiliência e Positividade que permeiam, na horizontal da imagem, do espectro Mental Toughness. Nesse caso, um gráfico é gerado com base na média das pontuações obtidas nos fatores associados a cada conceito para que seja possível verificar o equilíbrio desses 2 conceitos elemento na vida da pessoa.
  • Visão das pontuaçoes dos 4 aspectos que estão ao redor do espectro: Garra, Aspiração, Auto eficácia e Engajamento. São geradas as médias dos fatores aos quais esses aspectos estão vinculados.
  • Visão dos conceito de Força Interior e Orientação ao Exterior que estão representados na vertical da imagem do espectro. O equilíbrio ou desequilíbrio dessas 2 forças também ajudam a compreender mais do perfil e das necessidades de desenvolvimento. A Força Interior está relacionada com os elementos Confiança e Controle, enquanto que a Orientação ao Exterior está vinculada aos elementos Desafio e Compromisso.

A combinação dessas informações em forma de gráficos permite à pessoa um melhor entendimento do seu própriom perfil Mental Toughness e também possibilita ao consultor ou coach a aprofundar as discussões numa entrevista inicial que deve ocorrer nos processos de cochings ou na mera devolutiva dos resultados.

Para que o processo ocorra de forma eficaz, é fundamental que haja uma conversa entre o respondente do Assessment e a pessoa que está responsável pelo seu desenvolvimento, podendo ser o gestor, o RH ou um consultor/coach externo. Essa conversa gerará novos insights e reflexões, bem como permitirá obter informações adicionais sobre a pessoa para completar a análise dos resultados.

Por isso, a recomendação é que os relatórios sejam, após gerados, enviados ou disponibilizados diretamente para a pessoa responsável pelo desenvolvimento do respondente. O coach, gerente ou consultor deverá ter o cuidado de ler e analisar previamente à entrevista os relatórios da AQR e da Horus para se preparar de forma mais eficaz para a conversa.

Quais são os passos recomendados para a devolutiva do Assessment?

Devolutiva Assessment

Após o preenchimento do Assessment, a AQR International receberá os resultados e, automaticamente, serão gerados os 3 relatórios da pessoa. No momento do preparo do envio do Assessment, deve ser estabelecido para quem os relatórios deverão ser enviados. Normalmente, quando o cliente contrata a Horus para aplicar o Assessment, esses documentos serão enviados à Horus para que possam ser analisados antes de dar início ao processo de devolutiva. A partir desse momento, os passos são:

  • Consultor ou coach responsável da Horus deve ler e analisar os resultados da pessoa;
  • Agendar uma entrevista, que deveria ter uma duração média de 1h30m com a pessoa;
  • Enviar o relatório de Desenvolvimento antecipadamente à pessoa para que ela tenha condição e tempo de ler e se preparar também para a conversa;
  • Realizar a conversa e registrar os pontos mais relevantes para dar seguimento num processo de coaching ou num plano de desenvolvimento individual.

Caso a empresa queira atribuir a responsabilidade ao gestor ou ao RH por fazer essa devolutiva, deverá ser contratada uma capacitação sobre o conceito Mental Toughness e sobre o entendimento da medida aplicada. É uma capacitação desenvolvida pela AQR International que a Horus tem a exclusividade de entregar e comercializar na América Latina.

Esse processo ocorre dessa maneira quando envolve apenas um indivíduo ou, quando o trabalho não inclui grupos e áreas. Caso o serviço seja referente a processos de coaching individuais, os passos a serem seguidos são os descritos acima.

No entanto, quando a organização tem o desejo e a necessidade de aplicar o Assessment Mental Toughness com a finalidade de desenvolver uma área, obter um diagnóstico da alta ou média liderança ou das equipes, o processo é distinto, pois estamos falando de uma Jornada de desenvolvimento de equipes.

Sobre os Relatórios Organizacionais

Também é possível gerar um relatório de grupo ou Organizacional, que é criado a partir dos dados coletados de cada indivíduo pertencente a uma área ou grupo específico. O relatório assume a forma de histogramas dos padrões de pontuação das pessoas que formam o grupo e responderam ao Assessment Mental Toughness.

Esse grupo pode ser uma equipe de uma área específica ou a alta ou médida liderança da organização. Nesses cenários, estamos dentro do conceito de Jornadas de Desenvolvimento Humano. Podemos dizer que servirá como um diagnóstico da empresa ou do grupo que será trabalho ou desenvolvido.

É desenvolvida uma apresentaçao executiva com os dados do grupo bastante útil que permite identificar tendências e padrões do mesmo, podendo servir também como um indicador de aspectos culturais da organização. Considerado um diagnóstico do mind-set da empresa sobre os fatores e elementos que compõe o traço de perfil Mental Toughness.

Quais são as Fases para implementar uma Jornada de Desenvolvimento por meio do traço de perfil Mental Toughness para um grupo, área ou toda a organização?

Quando a empresa contrata uma Jornada de Desenvolvimento a partir do traço de perfil Mental Toughness dos seus colaboradores para identificar as áreas de desenvolvimento, bem como as fortalezas, isso se converte num projeto, ou como costumamos chamar, numa Jornada. Muitas vezes, essas Jornadas estão alinhadas à alguma iniciativa interna da organizacional, podendo envolver temas como: cultura, formação de equipes ou ainda desenvolvimento de líderes e times. Para que haja sucesso nesse processo, são recomendadas as seguintes Fases, que visam sustentar a Jornada:

Fases para implementar uma Jornada de Desenvolvimento

Para esclarecer os principais objetivos dessas Fases, detalhamos abaixo cada Ciclo. Consideramos 2 Ciclos na Jornada para que seja possível realizar uma análise do desenvolvimento dos envolvidos ao comparar as pontuações de ambos Assessments. É possível extrair um relatório comparativo do grupo no banco de dados da AQR International para realizar essa avaliação.

Ciclo 1

Esse ciclo consiste da definição e mapeamento dos envolvidos na Jornada, da uniformização do conceito do espectro Mental Toughness a todos, da aplicação do 1º Assessment e da apresentação dos resultados. Esses resultados estarão consolidados na visão do grupo, fazendo uso dos filtros que forem definidos, que podem envolver:
  • Área/Departamento;
  • Funções/Posições;
  • Localidade;
  • Gênero;
  • Idade;
  • Dentre outros definidos previamente
Os principais objetivos, portanto, do Ciclo 1 são:
  • Mapear as pessoas da organização que farão parte da Jornada de Desenvolvimento do traço de perfil Mental Toughness;
  • Realizar uma apresentação sobre o conceito para que seja uniformizado no grupo;
  • Aplicar o Assessment online MQTPlus de todos os envolvidos (válido lembrar que o Assessment é enviado online aos emails dos envolvidos, sendo que é possível definir a data de início e fim do preenchimento, bem como qualquer configuração que se faça necessária para uma melhor adequação aos objetivos da organização com esse processo);
  • Analisar e consolidar os resultados do grupo, trazendo as visões comparativas que sejam pertinentes à organização;
  • Apresentar os resultados aos envolvidos para provocar reflexão e análise.
Esse Ciclo dura em média de 2 ou 3 meses. A duração dependerá das definições junto à organização, podendo ser mais extensa ou mais curta.

Ciclo 2

Após a conclusão do Ciclo 1, que culmina na apresentação dos resultados do grupo, é fundamental dar seguimento à Jornada com os planos de ação que sejam mais adequados e relevantes. Após as ações e iniciativas de desenvolvimento serem implementadas, a recomendação é realizar uma nova rodada de Assessment para averiguar as mudanças nas pontuações. Portanto, os principais objetivos desse Ciclo 2 incluem:

  • Definir as ações e iniciativas de desenvolvimento considerando os resultados dos Assessments alinhados à estratégia e prioridades do negócio (por meio de uma reunião de trabalho);
  • Desenhar as iniciativas de desenvolvimento com base nas prioridades e resultados dos Assessments. Para o caso em particular de Jornadas de Desenvolvimento que fazem uso dos Assessments do perfil Mental Toughness, devem existir ações individuais e coletivas. As ações individuais se referem a sessões de coaching que farão uso dos relatórios individuais de cada participante conduzidas por um consultor experiente e especializado no conceito Mental Toughness. Para as ações coletivas, a proposta deverá ser desenhada com base no cenário e contexto de cada organização. Entretanto, a recomendaçao é realizar Programas de Desemvolvimento de grupo, objetivando os elementos que foram priorizados pela organização que devem ser trabalhados junto ao grupo;
  • Aplicar o 2º Assessment para comparação e avaliação das iniciativas que foram realizadas;
  • Apresentar ao grupo os resutados comparativos para discutir e avaliar a evolução das pontuações dos elementos e fatores do perfil Mental Toughness

A duração total do Ciclo 2 dependerá das prioridades definidas pela organização e da definição das iniciativas de desenvolvimento. O que podemos assegurar é que será preciso de 4-6 meses para que sejam percebidos os resultados de desenvolvimento dos envolvidos na Jornada. Logo, devemos considerar uma duração de 4 a 6 meses para concluir o Ciclo 2.

Vivenciar essa Jornada, fazendo uso do perfil Mental Toughness, permitirá à organização ter uma “fotografia” do mind-set das pessoas que estiveram envolvidas. Quando realizada com a alta liderança, poderá apresentar um traço significativo da cultura da empresa. Existem diversos benefícios que poderão ser obtidos após o diagnóstico feito com aplicação do 1º Assessment. Quando avançamos para o Ciclo 2, poderemos mensurar a qualidade e eficácia das iniciativas de desenvolvimento, aplicando o 2º Assessment para comparação.

Entretanto, é óbvio que esse diagnóstico não deve ocorrer de maneira isolada. É importante compreender, desde o início do processo, quais são os principais objetivos, impulsos, necessidades e expectativas da organização ao implementar esse tipo de Jornada.

Se você tem uma necessidade de desenvolvimento na organização ou precisa aperfeiçoar certos aspectos da personalidade dos profissionais para impulsionar seus objetivos estratégicos, sua cultura, sua área, avalie os elementos contidos no traço de personalidade Mental Toughness. Quem sabe, ele poderá contribuir para um diagnóstico mais preciso e eficaz objetivando definir e desenhar soluções de desevolvimento mais efetivas e assertivas para sua empresa.

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terça-feira, 21 de junho de 2022

Quais são os Instrumentos de Medição do Conceito Mental Toughness?

Nesse artigo, apresentaremos alguns conceitos da psicometria e das medidas psicométricas, bem como os questionários Mental Toughness, que são todos medidas psicométricas de alta qualidade. Esse tema é relevante para aqueles que querem fazer melhor uso dos resultados e compreender mais como medir o conceito Mental Toughness.   

Uma medida psicométrica, quando usada de forma adequada, trará informações valiosas, podendo ajudar a entender melhor as pessoas e fazer melhores previsões sobre elas, principalmente sobre aspectos relacionados a desempenho, potencial, comportamento, bem-estar e impacto sobre os outros. Importante ressaltar que usamos o termo “previsões melhores” e não previsões perfeitas, uma vez que os testes psicométricos são ferramentas estatísticas, tratam de probabilidades e não de certezas.

Como medir o conceito Mental Toughness

Tipos de medidas existentes

A escala STEN

Os Quatro questionário Mental Toughness

Existem muitos instrumentos psicométricos disponíveis. Poucos possuem boa confiabilidade e poder preditivo razoável. A construção de um teste de boa qualidade leva muito tempo para garantir que ele faça o que se propõe a fazer. Os testes psicométricos dependem essencialmente de um bom desenhista.

Uma das características de uma medida psicométrica de alta qualidade é que o item ou itens das perguntas devem ser transparentes. Com isso, queremos dizer que o propósito deve estar claro para a pessoa que responde à pergunta. Caso contrário, não há como interpretar a resposta. Cada respondente pode entender o item de forma diferente. Portanto, o item deve ser objetivo paraa qualquer pessoa o responda, caso contrário, não há como comparar os resultados.

Ao selecionar um teste psicométrico, é importante conhecer os fundamentos sobre o teste. Algumas questões que devem ser feitas para ajudar a escolher a melhor opção:

  • Que tipo de teste é? Isso, obviamente, afeta o tipo de resultado que você espera.
  • Se for uma medida estatística, é tecnicamente confiável e válida? Cada vez mais, existe a preocupação com algo chamado impacto adverso que significa “o teste discrimina, de alguma forma, contra um determinado grupo? Se caso afirmativo, isso é justo?”.

Ao concluir um teste e obter um resultado – uma pontuação – podemos dizer que as pessoas com essa pontuação podem, normalmente, apresentar um conjunto específico de características. Significa que, estatisticamente, temos um grau particular de confiança de que X por cento das pessoas que atingiram essa pontuação exibiram características associadas a essa pontuação. Isso não significa que todas as pessoas que atingem essa pontuação serão idênticas em comportamento. Portanto, é importante haver um processo de feedback e análise  dos resultados antes de atribuir um valor a eles.

Os resultados são abertos à interpretação e isso é bom. O teste (Assessment) gera um relatório razoavelmente abrangente, que precisará ser analisado e discutido com a pessoa que o realizou. É importante lembrar que Mental Toughness é um traço da sua personalidade, portanto a recomendação é tentar obter informações adicionais sobre a pessoa para poder analisar e compreender melhor os resultados. Isso pode ser feito por meio de conversas e entrevistas individuais, comentários adicionais ou observações de outras pessoas.

Após obter essas informações adicionais, poderá verificar se estão consistentes aos resultados que apareceram no Assessment. Caso haja inconsistências, é importante investigar e examinar as diferenças com mais atenção e profundidade.

Para resumir, é importante entender que testes/Assessments:

  • São ferramentas estatísticas – avaliam probabilidades e não certezas (“é provável que você seja assim” e não “você é assim”). Contínuo
  • Os resultados podem ser passíveis de interpretação – portanto, os resultados precisam ser analisados e verificados cuidadosamente
  • Dependem de um bom desenhista.

A psicometria ajuda gerentes, treinadores e conselheiros a tomar decisões muito melhores sobre as pessoas – no entanto não são ferramentas infalíveis.

A maioria dos testes de personalidade mede uma resposta habitual a eventos. Essa é a nossa resposta padrão em determinadas situações. A grande maioria das medidas de personalidade avalia aspectos comportamentais da personalidade – como agimos quando algo ocorre. O questionário Mental Toughness é metacognitivo. Ele avalia nossas respostas mentais padrão quando os eventos ocorrem.

Tipos de medidas do Mental Toughness

Quais são os tipos de medidas existentes?

Existem duas categorias distintas de medidas, existem as medidas ipsativas e as medidas normativas. Aliás, ainda que popularmente sejam chamados de testes, a rigor, são medidas. É um termo mais adequado. O termo “testes” pode implicar para alguns que há um aspecto de aprovação/reprovação na medida, que não é o caso.

Os testes ipsativos são testes que perguntam aos indivíduos suas crenças sobre si mesmos em determinadas escalas. Porém isso é feito de forma que ele não compreenda o que essa escala represente. Como se faz isso?

O teste faz com que a pessoa tenha escolher entre duas opções. Por exemplo: Você prefere ler um livro ou sair com os amigos ou fazer as duas coisas ou nenhuma? Os dados mostram que indivíduos com pontuação mais alta neste fator são mais propensos a acreditar que têm um grau significativo de controle sobre suas vidas. Sentem que seus planos não serão frustrados e que podem fazer a diferença. O controle da vida também é, às vezes, descrito como autoestima.

Quais são as melhores aplicações para o tipo de teste ipsativo?

O problema é que todos podem ter uma visão ligeiramente diferente sobre o que significa introversão e extroversão. Uma consequência é que as medidas ipsativas raramente podem ser usadas em situações de recrutamento e seleção porque é difícil comparar as pessoas de forma confiável, uma vez que todas podem ter visões diferentes.

No entanto, são úteis em processos de coaching e mentoring, bem como no trabalho de desenvolvimento pessoal, porque podem ser moderadamente eficazes na identificação do que as pessoas pensam sobre si mesmas. São boas medidas para expandir o autoconhecimento, abrindo discussões reflexivas.

Um exemplo de medida ipsativa bastante conhedica é o MBTI, o indicador do tipo Myers Briggs e outras similiares que podemos encontrar no mercado.

As medidas normativas, por outro lado, são construídas de forma diferente. Os itens são elaborados para avaliar a resposta do indivíduo a uma atividade ou situação específica de maneira relevante para o construto que está sendo avaliado.

As respostas são, geralmente, reunidas em uma variedade de itens. Os desenhadores do teste, normalmente, usam algo chamado escala Likert, que possui uma variedade de opções disponíveis para uma resposta. Uma escala amplamente utilizada é a escala de 5 pontos que oferece opções de concordo totalmente e concordo até não concordo ou discordo e discordo totalmente. Alguns podem usar seis ou sete pontos ao longo de uma escala, mas os princípios são os mesmos.

Quais são as melhores aplicações para o tipo de teste normativo?

Como, geralmente, cada item é muito específico quanto ao significado e interpretação e é possível estabelecer uma norma, podemos comprar os resultados entre diferentes indivíduos. Além de ser útil para o processo de autoconhecimento, permite diferenciar os indivíduos de forma confiável. As medidas normativas são frequentemente usadas no processo de recrutamento, na autoreflexão, bem como no processo de coaching e de desenvolvimento humano. A própria norma é estabelecida testando um grande número de pessoas que são representativas da população à qual os testes serão ou poderão ser aplicados.

Um resumo geral sobre os tipos de medidas existentes para que você possa memorizar e compreender as diferenças e aplicações:

Ipsativo

  • Avalia as crenças de um pessoa sobre si mesma – mas sem que a pessoa saiba o que a escala representa. Todos terão uma visão diferente.
  • Não pode ser usado para comparar características entre pessoas

Normativo

  • Compara os resultados de uma pessoa com as de um grupo normativo
  • Pode, portanto, ser usado para comparar indivíduos
  • O grupo de normas é criado administrando o teste a uma grande amostra representativa de pessoas adequadas para comparação

O que é a escala STEN?

Escala STEN

A maioria das medidas psicométricas relata pontuações em algo chamado Escala Sten, que geralmente é uma escala de um a dez. Está baseada na curva de distribuição normal, podendo incluir aspectos referentes a tamanho, peso, altura, dentre outros que estão distribuídos.

Os traços de personalidade também são, normalmente, distribuídos. A curva de distribuição normal reflete a proporção de pessoas que podem ser encontradas em cada ponto da escala Sten. Essa curva também é conhecida como Curva de Bell porque tem a forma de um sino.

O tamanho da amostra é selecionado de acordo com uma fórmula estatística para que a amostra também possa ser considerada uma amostra razoável de toda a população. A amostra também deve ser o que se chama de amostra estratificada. Ou seja, a amostra de pessoas que foram testadas deve representar os tipos de pessoas que se encontram na população e aproximadamente nas mesmas proporções.

Por exemplo, os desenvolvedores de teste procuram as proporções corretas por gênero e garantem que isso seja representado na amostra. Outros critérios importantes podem incluir idade, etnia e assim por diante. Um sistema de pontuação é atribuído aos itens. Para uma escala específica, as pontuações dos itens que contribuem para essa escala são agregadas e isso produz uma pontuação bruta. Isso é então convertido em uma pontuação de Sten por referência à norma, para indicar onde na população os resultados do indivíduo estão em relação à norma.

Em alguns casos, pode-se estabelecer uma norma local, mas a realidade é que a maioria das pessoas está interessada em saber como o indivíduo se compara à pessoa média do planeta. Isso é especialmente verdadeiro à medida que a globalização se torna normal. De fato, na maioria dos territórios, a força de trabalho agora é composta por uma mistura de pessoas de diversas culturas e origens. 

Bons editores de teste desenvolverão normas globais e realizarão estudos de equivalência para garantir que a norma global seja estatisticamente relevante para aquele território e que a medida diferencie as pessoas naquele território. Se for o caso, estabelecerão normas específicas.

A curva de distribuição normal é comumente usada quando estamos olhando para indivíduos que são retirados de qualquer ponto de toda a população.

O MTQ, em todas as suas formas, usa a curva de distribuição normal. Às vezes, o grupo-alvo e as amostras são extraídas de partes selecionadas da população. Nesse caso, você não pode garantir que a forma da curva para essa população seja normalmente distribuída.

A prática é usar um sistema de pontuação Sten que simplesmente divide o intervalo de respostas em 10 décimos iguais. Assim, sten um representa dez por cento da população para os próximos dez por cento e assim por diante.

Nosso trabalho com os Questionários Mental Toughness descobriu que, geralmente, as normas para Mental Toughness geral em territórios específicos permanecem estatisticamente constantes. Com talvez uma exceção – o Oriente Médio. As medidas MTQ são medidas normativas. Outras medidas normativas populares que são consideradas medidas de alta qualidade incluem medidas como 15FQ, 16PF, OPQ, Hogan e Neo.

Sobre Confiabilidade e Validade

Uma medida confiável é aquela que você realiza hoje e, se em quatro semanas aplicada novamente, obter os mesmos resultados ou muito semelhantes. Isso é claro, supondo que nada de significativo tenha acontecido com você nesse meio tempo, não havendo razão para você ter mudado, você deveria obter a mesma pontuação na segunda vez que obteve na primeira.

Se em amostras grandes você tiver um resultado diferente, então o teste está com algum defeito ou está detectando algo que está mudando, mas para o qual não foi projetado. Isso significa que não é confiável.

Para calcular a confiabilidade, existem fórmulas que fornecem uma medida de confiabilidade. Uma estatística comumente usada é chamada de Alfa de Cronbach. A Sociedade Britânica de Psicologia e o Departamento Laboral dos EUA fornecem orientação sobre qual é uma pontuação aceitável para uma medida, se ela for considerada uma boa medida. Essa pontuação é uma pontuação de 0,7 ou superior.

Todas as medidas da AQR International excedem confortavelmente uma pontuação de 0,2. O questionário MTQ48, por exemplo, atinge pontuações de 0,30 a 0,42 para Mental Toughness geral e os 4 Constructos.

Sobre a validade: Será que o teste é eficaz para medir o que deveria?

Existem vários tipos de validade. São eles:

Validade de Face – o teste parece um teste válido? Trata-se essencialmente de um juízo sobre o conteúdo e a apresentação da medida. Se a pessoa que está concluindo a medida não achar que a medida é uma medida séria, seja pelo conteúdo ou pela aparência e as perguntas parecerem estranhas, pode não responder adequadamente.

Validade de conteúdoos itens do teste refletem a competência que está sendo avaliada? Esta é uma questão técnica sobre os itens usados ​​em um questionário.São perguntas relevantes para o propósito do questionário e parecem perguntas que irão gerar informações relevantes? Isso normalmente é avaliado por meio de revisão em pares de especialistas independentes. As medidas de MTQ são geralmente aceitas como tendo boa validade de conteúdo.

Validade de construção – o método mede o atributo reivindicado? Não existe uma fórmula objetiva para avaliar a validade de conteúdo ou de construção. Essa avaliação também é geralmente feita por uma revisão de especialistas. 

Validade Preditiva ou Concorrente – a medida permite previsões sobre o desempenho? “O teste pode fazer previsões sobre o indivíduo em termos de propósito, estrutura e conteúdo da medida? São previsões nas quais podemos confiar?” Assim como a confiabilidade, a validade concorrente pode ser avaliada por meio de um cálculo técnico. Mais uma vez, a Sociedade Britânica de Psicologia e o Departamento Laboral dos EUA orientam sobre qual é uma pontuação aceitável para que uma medida seja considerada válida.

Saiba mais sobre os questionários Mental Toughness

Ao avaliar Mental Toughness, estamos procurando avaliar algo que está acontecendo em nossa mente, como pensamos. Podemos observar o comportamento, mas não podemos observar o que está acontecendo na cabeça de alguém – incluindo a nossa. Tampouco podemos avaliar o comportamento e inferir como um indivíduo está respondendo mentalmente.

Estudos casuais mostram que, muitas vezes, treinadores, gerentes, professores e mentores diagnosticam erroneamente as respostas mentais de um indivíduo. 

Os questionários Mental Toughness foram desenvolvidos para ajudar a fazer avaliações muito melhores sobre as respostas mentais de uma pessoa. Estas são medidas psicométricas de alta qualidade que foram avaliadas independentemente como sendo tecnicamente confiáveis ​​e válidas.

Os 4 Questionários Mental Toughness

Existem quatro formas de Questionários Mental Toughness – que avaliam Mental Toughness de forma geral:  4Cs e os 8 fatores. Todos são derivados do mesmo conjunto básico de itens. Todos estão disponíveis em formato on-line.

MTQLite – um questionário curto com 10 itens. Leva de 2 a 3 minutos para ser concluído e provê uma avaliação geral de Mental Toughness apenas.

MTQ4Cs – o próximo nível de medida. Fornece um resultado Mental Toughness geral e para cada um dos 4 Constructos. Tem 24 itens e leva de 5 a 6 minutos para ser concluído.

MTQ48 – a versão que foi originalmente desenvolvida com o Professor Clough em 2002. Contém 48 itens e leva de 10 a 12 minutos para ser concluído por adultos e até 15 minutos por adolescentes. Ainda é amplamente utilizado. É o formato que está disponível na maior variedade de idiomas. Continua sendo amplamente aplicado em Escolas e Universidades com adolescentes devido à sua brevidade comparativa. Ele gera informações sobre Mental Toughness de forma geral: os 4Cs e quatro dos fatores que estão associados aos construtos Controle e Confiança. É também a versão que foi mais utilizada em pesquisas em Universidades e Academias. Os dados de confiabilidade para MTQ48 são positivos.

MTQPlus – mais completo e disponível em diversos idiomas, incluindo inglês, chinês, árabe, húngaro, coreano, polonês, portugues, espanhol e outros. Contém 63 itens e  leva cerca de 15 a 16 minutos para ser concluído pela maioria dos adultos. Também surgiu como uma medida muito confiável e válida, aprimorando as propriedades técnicas da medida MTQ48, que já era aceita como uma medida de alta qualidade. Amplamente utilizado em processos de Desenvolvimento Humanos, como coaching e mentoring, bem como Programas de Desenvolvimento.

A medida MTQPlus utiliza um método mais atualizado de avaliação de Validade chamado de medida CFI, que analisa o ajuste do modelo examinando a discrepância entre os dados e o modelo hipotético enquanto ajusta as questões de tamanho da amostra inerentes ao teste qui-quadrado de ajuste do modelo e o índice de ajuste normado.

Os valores do CFI variam de 0 a 1, com valores maiores indicando melhor ajuste. Um valor CFI de 0,90 ou maior é considerado para indicar um ajuste de modelo aceitável. O questionário MTQPlus geralmente excede ou atende a esse requisito.

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terça-feira, 14 de junho de 2022

O que contém o Construto Mental Toughness?

Vamos explorar nesse artigo, os construtos do conceito Mental Toughness. A imagem abaixo foi desenvolvida para facilitar a compreensão do conceito, que contém 4Cs e 8 Fatores. Os 4Cs se referem aos termos em inglês, no entanto quando ocorre a tradução para o português deixa de ter essa mesma nomenclatura. Visualizar dessa maneira o conceito nos permite obter uma perspectiva mais ampla. Além dos 4Cs: Control, Commitment, Challenge e Confidence e os 8 Fatores, que estão ao redor e no centro do espectro, há conexões com alguns outros conceitos e ideias que englobam o conceito, destacados na imagem.

Construto - Espectro - Mental Toughness

Os construtos do conceito Mental Toughness

Os 4Cs: Control, Commitment, Challenge e Confidence e os 8 Fatores

Visando facilitar a compreensão de todos os elementos da imagem, vamos explicar por partes, fragmentando a figura em pedaços correspondentes ao que iremos abordar. Iniciaremos com a descrição e definição dos 4Cs e dos 8 fatores associados. Em seguida, explicaremos as palavras que estão descritas ao redor do círculo na cor cinza clara. Por fim, vamos explorar um pouco o recorte na horizontal e vertical do círculo, que se trata das linhas pontilhadas que cortam a imagem em ambas direções. Para facilitar a sua leitura, estruturamos esse artigo da seguinte maneira:
  • PARTE1: Definição dos 4Cs e dos fatores associados
  • PARTE 2: Conceitos de Resiliência e Positividade
  • PARTE 3: Demais Elementos do espectro: Coragem/Aspiração/Engajamento/Auto eficácia
  • PARTE 4: Vertical e Horizontal do Espectro: Força Interna e Orientação ao Externo

Controle

Controle - Mental Toughness

Controle é o componente em que um indivíduo Mental Toughness acredita ter um grau significativo de controle sobre sua vida e as circunstâncias. Quer dizer que tem a sensação de ser capaz de realizar algo; é onde está o sentido de “poder fazer”.Indivíduos com alto grau de controle acreditam que podem moldar o que acontece com eles, bem como que podem controlar seus pensamentos e lidar com os sentimentos dos demais. O desenvolvimento contínuo do conceito Mental Toughness permitiu identificar de 2 fatores para Controle:

  • Controle (Emoção) “Emotional Control” – Os resultados sinalizam que pessoas com uma alta escala nesse fator são capazes de controlar mais suas emoções e conseguem gerenciar melhor o que mostram/demonstram aos outros. São capazes de manter a ansiedade sob controle e, dependendo da circunstância, são menos propensos a demonstrar seu estado emocional a outras pessoas.
  • Controle (Vida) “Life Control” – Os dados mostram que indivíduos com pontuação mais alta neste fator são mais propensos a acreditar que têm um grau significativo de controle sobre suas vidas. Sentem que seus planos não serão frustrados e que podem fazer a diferença. O controle da vida também é, às vezes, descrito como auto-estima.

Comprometimento

Comprometimento - Mental Toughness

Este componente mede até que ponto um indivíduo persistirá com um objetivo ou tarefa de trabalho. Os indivíduos diferem no grau com que permanecem focados em seus objetivos. Alguns podem ser facilmente distraídos, entediados ou desviar sua atenção para objetivos concorrentes, enquanto outros podem ser mais propensos a persistir. Um indivíduo que tem alta escala nesse componente, será capaz de alcançar objetivos mesmo com prazos rígidos e inflexíveis. Existem dois componentes associados a esse fator:

  • Orientação para objetivos “Goal Orientation”. Indivíduos com pontuação alta parecem traduzir o que precisam fazer em metas SMART (objetivas e mensuráveis), o que lhes permitem priorizar, planejar e monitorar várias tarefas ao mesmo tempo.
  • Orientação para realização “Achiviement Orientation” Indivíduos com pontuação alta demonstram estar melhores preparados para fazer o que é preciso para entregar o que foi acordado (para si e para outros), incluindo trabalhar duro, se for necessário.

Desafio (também conhecido como Orientação à Mudança)

Desafios - Mental Toughness

Esse construto mede até que ponto um indivíduo vê desafios como oportunidades. Indivíduos com alta pontuação tem a tendência a procurar ativamente situações desafiadoras como forma de autodesenvolvimento, pois acreditam que os desafios trazem aprendizado e desenvolvimento. Para pessoas com menor escala, os desafios serão percebidos como problemas e ameaças. Normalmente, as pessoas com alta pontução prosperam em ambientes que estão em constante mudança/transformação. Dois fatores estão associados a Desafio:

  • Orientação a Risco “Risk Orientation” Esse fator determina até que ponto o indivíduo está preparado para correr riscos e sair da sua zona de conforto. Também define como responde a mudanças e eventos surpresa. Os indiviíduos com alto grau de orientação a risco, tendem a gostar do novo, assumir riscos e provar novas experiências.
  • Orientação para Aprendizagem “Learning Orientation” Estar preparado para ver todos os resultados como oportunidades de aprendizado – seja qual for o resultado, bom ou ruim. Inclui estar disposto a repetir uma experiência, mesmo que originalmente tenha sido negativa.

Confiança

A Confiança, essencialmente, descreve e avalia a autoconfiança. Até que ponto um indivíduo tem autoconfiança para concluir uma atividade que é difícil de realizar. E também até que ponto eles acreditam que têm a capacidade de lidar com o que quer que venha pela frente, seja uma oportunidade, desafio, contratempo ou obstáculo. Indivíduos com alta grau nesse componente têm autoconfiança para concluir com sucesso tarefas que podem ser consideradas muito difíceis por indivíduos com habilidades semelhantes, mas com menor confiança. Para Confiança, foram detectados 2 fatores-chave:

  • Confiança (Habilidades) “ – A confiança nas habilidades, às vezes, é descrita como uma medida de auto-estima. Indivíduos com pontuação alta neste fator são mais propensos a acreditar que são pessoas realmente valiosas e reconhecem suas habilidades. Dependem menos de validação externa (dos demais).
  • Confiança (Interpessoal) – Esse fator reflete a capacidade de lidar com desafios e com os demais de forma confiante. Essencialmente, trata-se de estar confiante de que você pode persuadir ou influenciar os outros. Indivíduos com pontuação alta nesse fator tendem a ser mais assertivos e conseguem se promover melhor. Eles se sentem cômodos em ambientes sociais e lidam bem como pessoas difíceis.
Na tabela abaixo, apresentamos um resumo para uma melhor compreensão da conexão dos 4 Cs e os 8 fatores de forma simples:
4Cs Mental Toughness A correlação dos 8 Fatores que são investigados nos Assessments
CONTROLE Controle da Vida – Auto-estima – Eu realmente acredito que posso fazer isso
Controle Emocional – Posso gerenciar minhas emoções e as emoções dos demais
COMPROMISSO Orientação para Metas – Estabeleço metas – Tenho um senso de propósito
Orientação para a Realização – Farei o que for preciso para alcançar meus objetivos
DESAFIO Orientação para Risco Aceito experiências novas e diferentes – Eu me “viro”
Orientação de Aprendizagem Aprendo com tudo o que acontece – incluindo contratempos
CONFIANÇA Em Habilidades – Acredito que tenho capacidade para fazer – e usarei minhas habilidades
Confiança Interpessoal – Posso me envolver confortavelmente e influenciar os demais

Válido reforçar que cada “C” contém 2 fatores associados. Quando se realiza o Assessment, o objetivo é pesquisar esses 8 fatores de forma independente. Compreender o “C” consiste em entender os resultados e descrições dos 2 fatores que estão relacionados. Pode ser que um fator esteja bem desenvolvido e outro necessite maior atenção e aperfeiçoamento dentro de um mesmo “C”.

PARTE 2: Conceitos de Resiliência e Positividade

Nessa parte da explicação, trazemos os conceitos de Resiliência e Positividade que estão contidos na imagem que compõe Mental Toughness. Esse são conceitos conhecidos que fazem parte do espectro. Para compreender melhor é preciso dividir a imagem no sentido horizontal para verificar os fatores que estão na parte de cima e abaixo do círculo. Começamos por Resiliência:

Resiliência - Mental Toughness

Se você olhar para os 4 fatores na parte superior da imagem é possível reconhecer que eles se relacionam intimamente com a descrição clássica de Resiliência – são eles: Controle da Vida, Controle Emocional, Orientação para Objetivos e Orientação para Realização.

Em sua forma mais pura, a Resiliência pode ser considerada uma qualidade passiva ou, talvez, neutra. “Sou resiliente porque tenho que ser resiliente”. Não “porque eu quero”. Normalmente descreveríamos alguém que se comporta dessa forma, como um indivíduo resiliente. Embora ajude um indivíduo a ser otimista ou positivo, essa não é uma condição necessária para a resiliência. Consequentemente, um indivíduo que é resiliente sem otimismo e confiança pode ser resiliente, no entanto frente a situações difíceis poderá não ser hábil o suficiente para seguir adiante.

A resiliência, portanto, está contida no conceito Mental Toughness, quando relacionamos os 2 componentes: Controle e Comprometimento e os 4 fatores que estão associados. Mental Toughness possui, no seu espectro a resiliência, mas não apenas isso. Mental Toughness pode ser descrito como Resiliência, além de ver o mundo cheio de oportunidades e ter autoconfiança para responder positivamente a qualquer coisa que ocorra.

Tanto a Resiliência quanto Mental Toughness são desenvolvidos através da aprendizagem experiencial. Seja por meio de processos de desenvolvimento direcionados, coaching ou simplesmente vivendo as experiências da vida e aprendendo com elas. O resultado é sutilmente diferente, mas relevante num mundo como o de hoje onde todos experimentam mudanças e desafios com mais frequência e rapidez do que nunca.

Positividade - Mental Toughness

Para entender a ideia de positividade contida no espectro, é importante verificar os quatro fatores na parte inferior da imagem – Orientação a Risco e Orientação de Aprendizagem, Confiança nas Habilidades e Interpessoal. Esses fatores estão associados aos componentes Confiança e Desafio, elementos que trazem a positividade para o conceito Mental Toughness.

Adotar uma mentalidade positiva é importante – trata-se de estar “confortável consigo mesmo (a)” e aceitar os altos e baixos da vida como parte da jornada. Faz parte do processo de desenvolvimento pessoal. Podemos pensar na diferença em termos da frase “sobreviver e prosperar”. Resiliência ajuda você a sobreviver (mas nem sempre) e Mental Toughness ajuda você a prosperar (mas, novamente, nem sempre).

PARTE 3: Demais Elementos do espectro: Coragem/Aspiração/Engajamento/Auto eficácia

Mental Toughness engloba ideais e conceitos conhecidos. Dentro do espectro podemos ver 4 aspectos que aparecem ao redor do círculo na cor cinza (quadradados destacados na cor laranja) que estão relacionados com os 4Cs e 8 fatores. Isso significa que Mental Toughness contém outros conceitos correlacionados.

Coragem, Aspiraçãoo, Engajamento, Auto eficácia

CORAGEM / ASPIRAÇÃO / ENGAJAMENTO / AUTO EFICÁCIA

O conceito ou ideia de Coragem “Grit”, que é aceito como um traço de personalidade estreito, pode ser visto como uma combinação de Controle de Vida (posso fazer), Orientação para Metas e talvez Orientação para Realização. Esse conceitoe está relacionado a dois fatores do círculo do espectro: Controle e Comprometimento. Quando as pontuações desses fatores estão altas, podemos dizer que existe a presença de coragem na personalidade do indivíduo.  

A autoeficácia pode ser vista como uma combinação de Controle de Vida e Confiança – especialmente Confiança nas habilidades. Auto eficácia está relacionada com os fatores englobados nos componentes: Controle e Confiança.

O engajamento com os outros e com o mundo ao seu redor pode ser visto como uma função da confiança interpessoal e dos fatores de desafio. Novamente, se as pontuações estiverem altas nesses fatores pode significar que haja maior propensão ao engajamento com o mundo externo por parte do indivíduo.

As aspirações podem ser entendidas como uma combinação dos fatores Orientação para Metas e Desafios. A aspiração é a ideia de conquista por meio da projeção dos objetivos com foco no alcance de metas.

O que podemos ver é que o espectro dos 8 fatores do conceito Mental Toughness faz conexão com várias outras ideias, apresentando uma visão abrangente e ampla. Você pode pensar em ideias e conceitos que usa ou com os quais está familiarizado e usar essa estrutura para ver se pode posicionar essas ideias na imagem acima.

PARTE 4: Vertical e Horizontal do Espectro: Força Interna e Orientação ao Externo

Forca Interna e Orientação ao Externo

Finalmente, também podemos desenhar uma linha no centro da imagem e dividir o espectro em dois lóbulos na vertical. Os fatores à esquerda podem ser vistos como fatores dos quais o indivíduo extrai sua força interior. Estão mais relacionados a como o invidíduo lida com seu universo interno. Nomeado em inglês como Inner Strength. Temos desse lado os componentes: Confiança e Controle, elementos extremamente conectados com a nossa essência e que requer atenção constante e exercícios específicos para desenvolver.

Os fatores à direita são aqueles que auxiliam o indivíduo a lidar com o mundo ao seu redor. Estão relacionado, portanto, a como o indivíduo se posiciona e atua no mundo. Do lado direito, temos os componentes: Desafio e Comprometimento. Estão relacionado a como nos projetamos e nos posicionamos para fora, em busca dos objetivos e aprendizados.  

Numa análise mais profunda dos resultados do Assessment, é válido considerar essas divisão e esses 2 elementos, pois pode ser que haja um desequilíbrio entre esses dois “pólos” que é preciso ser entendido para traçar ações de desenvolvimento. Pode acontecer do indivíduo estar com bons resultados em todos os 4 “Cs” e nos 8 fatores, no entanto com pontuações sutilmente inferiores naqueles situados do lado esquerdo, por exemplo, causando um ligeiro desequilíbrio, uma vez que pode estar demasiadamente orientado (a) para fora e não colocando a devida atenção aos componentes da força interior e vice-versa.

Compreendendo melhor o espectro e o conceito Mental Toughness, deixamos algumas questões reflexivas: Onde você acredita que está com maior pontuação e/ou menor? Quais áreas sente que necessita maior dedicação e atenção? E as pessoas a sua volta, como estão quanto aos 4 “Cs” e os 8 fatores, na sua opinião?

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